sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Era uma vez um homem que tinha uma raposa de estimaçao. Eles eram os melhores amigos, e o homem confiava na raposa para cuidar do seu bebé. Todos os dias os aldeãos avisavam o homem que a raposa era perigosa e iria matar o bebé, mas o homem nao acreditava. Um dia, chegado do trabalho, o homem encontrou um grande sorriso na cara da raposa e sangue por todo o lado. Então, o homem nao pensou duas vezes e cortou-lhe a cabeça. Foi ao quarto do filho, e encontrou-o a dormir tranquilamente e a seu lado estava uma grande serpente morta. A raposa tinha salvado o seu bebé. O homem enterrou a serpente juntamente com o seu machado, como forma de a glorificar.
Nunca te esqueças, nao acredites em tudo o que te digam e nao julgues e condenes só pelas aparencias.."

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quero dar passos maiores que a perna, quero gritar alto sem que ninguém me mande calar, quero discutir, quero expôr, quero fazer, quero lutar, quero gostar, quero querer. Quero-te a ti, quero-o a ele, quero rir sem parar, quero-te escrever, quero-te deixar. Quero ser eu, quero emagrecer, quero crescer, quero atingir objectivos, quero construir, quero sorrir, quero chorar, quero pedir, quero aceitar. Quero corar, quero mandar, quero despertar, quero partilhar, quero ficar. Não quero ir.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Morreu o pai de um colega meu. Morreu e a notícia caiu-me em seco. A primeira coisa que me surgiu foste tu, e mais uma vez a imensa falta que fazes sentiu-se (ainda) mais. Só me surgem as lágrimas como forma de aliviar o pensamento, mas parece que não é suficiente. Vejo fotos, vejo vídeos e tudo me parece recente, como se tivesse sido ontem que foste. Como se fosse ontem o dia em que foste para o Hospital com uma "Hepatite", nada grave. Como se fossem poucos os dias em que conduzi até Sta. Maria da Feira e te fiz companhia em simples consultas ou olhei para ti enquanto fazias transfusões de sangue e adormecias, tal era o cansaço. Ainda hoje não me consigo perdoar por não me ter despedido de ti, não me consigo perdoar por ter tido parte da tua esperança e ter adiado até sexta-feira a visita ao Hospital. Passo os dias a imaginar como terias ficado feliz se tivesses ouvido a minha voz uma última vez ou pudesses ter sentido o quente da minha mão na tua quando já estavas sedado.Em vez disso só pudeste assistir às minhas lágrimas quando já só cheguei a tempo de te ver na Capela Mortuária. Ainda hoje revivo todos estes momentos quando assisto aos funerais dos entes queridos dos meus amigos. Ainda hoje choro por ti sem ninguém ver. E sempre sentirei um vazio inocupável: faltas tu (tanto!).