sábado, 23 de maio de 2009

Um mês da tua Ausência..



Confiarei,

Nessa voz que não se impõe
Mas que ouço bem cá dentro,
No silêncio a segredar
Confiarei,
Ainda que mil outras vozes
Corram muito mais velozes,
Para me fazer parar

E avançarei,
Avançarei no meu caminho
Agora eu sei,
Que Tu comigo vens também
Aonde fores aí estarei,
Sem medo avançarei

(...)

Confiarei,
Na tua mão que não me prende
Mas que aceita cada passo
Do caminho que eu fizer
Confiarei, ainda que o dia escureça
Não há mal que me aconteça,
Se contigo eu estiver
E avançarei, ...

Confiarei,
Por verdes prados me levas
E em teu olhar sossegas
A pressa do meu olhar
Confiarei, na frescura das Tuas fontes
Deixa a minha vida cheia
Minha taça a transbordar.
E avançarei, ...


Se agora tenho um Anjo da Guarda, sinto mais que nunca a sua ajuda.Um mês de lágrimas e de saudades a apertar a cada dia que passa. Onde quer que estejas, olha bem por nós. Até sempre...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Voltar a ti..



Algo sempre me trás de volta a ti

Não consigo evitar
Não importa o que eu diga ou faça
Apesar de te sentir aqui, sinto que estou arrasada
Tu abraças-me sem me tocar
Aprisionas-me sem correntes
Eu nunca quis nada tanto
Quanto mergulhar no teu amor e deixá-lo inundar-me

(...)

Aqui estou, compreendendo, tão despedaçada

Mas é a única maneira que encontrei para seguir
Contigo dentro de mim, profundamente dentro de mim

Amaste-me porque sou frágil
Quando eu pensei que estava forte
Tocas-me um pouco
E toda a minha frágil força se vai

(...)

Aqui estou, compreendendo, tão despedaçada
Mas é a única maneira que encontrei para seguir
Contigo dentro de mim, profundamente dentro de mim

(..)

Tu estás dentro de mim, profundamente dentro de mim
Algo sempre me trás de volta a ti
Não consigo evitar

Sara Bareilles - Gravity




terça-feira, 12 de maio de 2009

Cobaias ou não, eis a questão.



Infantilidades. É isso que se observa a cada dia que passa. É pena é que não passem disso mesmo. Particularmente quando são infantilidades vindas de estudantes do ensino superior, dos quais se espera (ou não) alguma maturidade e capacidade psicológica para discernir certos e determinados assuntos. Se há coisa da qual nunca gostei(ámos) foi de ser acusada(os) de imitação, falta de criatividade e todo o tipo de adjectivos que com os anteriores se assemelhem. Ainda mais quando estas acusações vêm de pessoas que se julgam superiores ou que se julgam detentoras de qualquer tipo de poder. Se há coisa que construímos com toda a nossa dedicação, todo o nosso suor e toda a nossa união e força, foi o nosso carro da Queima das Fitas "Ratos na Educação" aka "As Cobaias". A consciência está limpa, portanto a ninguém são devidas explicações. A quem delas precisasse a verdade está posta, pelo que "Vozes de burro não chegam ao céu".

Educação Básica, sempre. Aliás, Básicas como por aí 'carinhosamente' nos apelidam. Sempre ouvi dizer que a inveja é um sentimento muito feio. Quando não há outros meios nem quaisquer tipo de argumentos, é por aí que se pega.
É isto.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Para que tu me ouças...


Para que tu me ouças
as minhas palavras
adelgaçam-se por vezes
como o rasto das gaivotas sobre as praias.

Colar, guizo ébrio
para as tuas mãos suaves como as uvas.

E vejo-as tão longe, as minhas palavras.

Mais que minhas são tuas.
Vão trepando pela minha velha dor como a hera.

(...)

Antes de ti povoaram a solidão que ocupas,
e estão habituadas mais que tu à minha tristeza.

Agora quero que digam o que eu quero dizer-te
para que tu ouças como quero que me ouças.

O vento da angústia ainda costuma arrastá-las.
Furacões de sonhos ainda por vezes as derrubam.
Tu escutas outras vozes na minha voz dorida.
Pranto de velhas bocas, sangue de velhas súplicas.
Ama-me. Não me abandones. Segue-me.
Segue-me, nessa onda de angústia.

Mas vão-se tingindo com o teu amor as minhas palavras.
Ocupas tudo, pai, ocupas tudo.

Vou fazendo de todas um colar infinito
para as tuas brancas mãos, suaves como uvas.

Miguel Veiga
Os poemas da minha vida
(Pequenas adaptações feitas por mim)