quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Porque as coisas não são iguais desde que não estás presente. Porque esta música foi feita para ser um Tributo a um amigo especial do intérprete que partiu, mas a letra aplica-se tanto ao que sentimos por aqui...



"It's kinda hard
Wit you not around
Know you in heaven
Smilin' down
Watching us
While
We pray for you
Everyday
We pray for you
Till the day
We meet again
In my heart is where
I keep you friend.."

Bingo! Hora de preparar para partir, fazer a mala, fazer o bolo, fazer as compras e...ir!:) Talvez haja neve e guerra de bolas de neve, talvez haja refúgio e existirá, de certeza absoluta, muita alegria e paz. Há finalmente aquele tempo, aqueles dias, aquilo que é esperado. E que corra bem e que o pé direito marque presença na entrada do Ano Novo.
Por agora resta (tentar) acabar (e acabar mesmo alguns!) muitos dos trabalhos marcados que têm de ser entregues. Aproveitar o tempo livre e o ócio para poupar preciosas horas de sono (e de descanso) nesta segunda maratona do 1º Semestre, que não se avizinha nada calma.
E pronto, tentar acabar a última etapa com algum brio, suor, muito trabalho e dedicação para, no fim, ter aquela recompensa especial.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Enquanto procurava nas gavetas da tua secretária um telemóvel funcional para substituir o meu, encontrei qualquer coisa que me recordou a minha infância e as (muitas) recordações que tenho de ti. Deparei-me com isto:


Agora eu pergunto: Será que não posso mandar um postal destes ao Pai Natal e pedir-lhe que me traga a pessoa para quem era este postal e que nos abandonou tão inesperadamente? Há epocas que deixam de fazer tanto sentido, e o Natal começa a ser uma delas, pelo menos até assimilarmos que nada há a fazer senão manter vivas as tuas recordações e orgulhar-te, estejas lá onde estiveres...

sábado, 18 de dezembro de 2010

Chegou, entrou e não bateu à porta nem pediu autorização. Ok, tudo o que sempre duvidei, questionei ou tive medo...Confirmou-se. E agora fica o vazio, o vago, o pensar, o ponderar, o questionar, o decidir e um conjunto de verbos que não sei colocar em prática. Duas coisas ficam de certeza: raiva e frustração.Sempre acreditei que há pessoas destinadas a isto, e cada vez mais confirmo tal situação. Gostava de ter uma borracha para apagar algumas coisas na vida e voltar a (re)escrevê-las, talvez para ter também algumas pessoas de volta, daquelas que sabemos que é mesmo impossível. Se calhar não tinha a mesma piada, não tinha o mesmo significado e a vida não tinha graça. Mas às vezes não gosto disto, não fico contente, e fico com um nó na cabeça. E é isso...Como diz aquele postal "Temos de conhecer a tristeza para saborear a felicidade."

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ligo o Itunes e calmamente escuto " Don't Forsake Me - Duffy". Tenho um candeeiro de secretária aceso, impressões, dossiers e canetas espalhados à volta do computador. Queria muito o fim-de-semana, se amanhã não fosse um dia de me levantar às 07h00 da manhã, não me chegasse já o lufa-lufa do resto da semana. Estou com tantas interrogações na cabeça que nem sei bem o que escrever. Com um estágio tão preenchido e a exigir tanto só na fase de Observação, surgem aquelas dúvidas de preparação, de capacidade e de medo de não alcançar aquilo que é necessário. Enriquecedor, sem dúvida. Exigente, controlado, trabalhado, estudado, organizado, ainda mais. À parte disto, falta uma semana para as Férias do Natal. Falta uma semana para, pelo segundo ano (e infelizmente o segundo dos muitos e muitos e muitos que terei de ultrapassar) vou acordar à hora de almoço, ter os trabalhos e rotinas a fazer e, inevitavelmente, lembrar-me daquele que foi o teu último ano ao pé de nós. Se o espírito consumista que se associa cada vez mais ao Natal já me irritava, então este 2 últimos anos esse sentimento só se difundiu ainda mais em mim, a velocidades supersónicas. Para que o desejo ínfimo de alguma coisa material que nos faz falta ou que simplesmente temos vaidade em possuir? Não entendo, principalmente porque as últimas prendas que pedia era uma cura/muita saúde para continuares connosco e depois, quando foste obrigado a abandonar-nos com aquela lágrima contada que nunca esqueceremos, foi o teu regresso (impossível). Para mim, e por enquanto, o Natal é só mais uma data que serve para lembrar (ainda mais) o quanto custa a tua ausência e toda a tristeza que ela acarreta, já que ele se reporta à (re)união familiar. Por enquanto guardo o rancor de uma vida injusta para os lutadores e trabalhadores, quando existe por aí tanta gente a sofrer ou a fazer mal que merecia mais esse destino do que tu. Mas a isto chamam vida, e ninguém nos disse que era fácil...

sábado, 20 de novembro de 2010

Gosto de mais um Outono/Inverno pela frente. Gosto de substituições por pessoas bonitas, mas bem mais volumosas. Gosto. Porque sim, e porque até tem alguma piada. Gosto de ser eu, e que gostem de mim por isso. Gosto de ser fria, egocêntrica, ciumenta, resmungona, directa e forte (de mais). Gosto de ser valorizada por ser lutadora, trabalhadora, dedicada, sorridente, simplesmente idiota porque aparvalho as 8h30m da manhã, boa cozinheira, vivida, com bons valores e, às vezes, inteligente. Porque há sempre alguém, em algum canto deste mundo, que vai gostar de nós por aquilo que somos e que demonstramos sem medo. Alguém que não nos quer mudar e que só luta pelo melhoramento e demonstração de algumas capacidades, conhecidas por poucos. Ou porque alguém que não se limita a dizer-nos que somos tudo de mau que existe e compreende algumas reacções. Porque há e houve coisas na vida com valor e significado, e essas não são desprezadas quando existem novas fases nessa mesma (e diferente) vida, que tomou caminhos distintos. E porque sou a Marta Lopes, que escreve coisas que não se percebem e gosta do seu amigo Blog.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Como quem apanha castanhas numa tarde de Outono, assim mesmo sem contar. Como quem explora os espaços verdes e faz muitas coisas, mesmo sem contar. Como quem olha para a água e vê o seu reflexo, e outro a juntar-se ao seu. Como quem assa 12 castanhas e as descasca em sessões de riso infindáveis, com batalhas de cócegas e guerras de almofadas. Como quem adormece vestida e acorda com o sol da manhã. Como quem brinca com o arroz no prato durante conversas sérias e não consegue conter aquele sorriso que se quer esboçar com algumas palavras ditas. Como quem adora aquele cheirinho a torradas e leite com café pela manhã e desperta com estes aromas. Como quem está com uma vida super preenchida entre aulas, trabalhos, estágio, Associação e afins e começa a achar que respirar também é uma tarefa que lhe rouba tempo. Como quem vê algumas propostas como reconhecimento do seu trabalho. Como quem tem finalmente tempo para escrever no blog depois de uma semana super em cheio.




Ai...Tinha saudades do meu blog!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Era uma vez um homem que tinha uma raposa de estimaçao. Eles eram os melhores amigos, e o homem confiava na raposa para cuidar do seu bebé. Todos os dias os aldeãos avisavam o homem que a raposa era perigosa e iria matar o bebé, mas o homem nao acreditava. Um dia, chegado do trabalho, o homem encontrou um grande sorriso na cara da raposa e sangue por todo o lado. Então, o homem nao pensou duas vezes e cortou-lhe a cabeça. Foi ao quarto do filho, e encontrou-o a dormir tranquilamente e a seu lado estava uma grande serpente morta. A raposa tinha salvado o seu bebé. O homem enterrou a serpente juntamente com o seu machado, como forma de a glorificar.
Nunca te esqueças, nao acredites em tudo o que te digam e nao julgues e condenes só pelas aparencias.."

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quero dar passos maiores que a perna, quero gritar alto sem que ninguém me mande calar, quero discutir, quero expôr, quero fazer, quero lutar, quero gostar, quero querer. Quero-te a ti, quero-o a ele, quero rir sem parar, quero-te escrever, quero-te deixar. Quero ser eu, quero emagrecer, quero crescer, quero atingir objectivos, quero construir, quero sorrir, quero chorar, quero pedir, quero aceitar. Quero corar, quero mandar, quero despertar, quero partilhar, quero ficar. Não quero ir.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Morreu o pai de um colega meu. Morreu e a notícia caiu-me em seco. A primeira coisa que me surgiu foste tu, e mais uma vez a imensa falta que fazes sentiu-se (ainda) mais. Só me surgem as lágrimas como forma de aliviar o pensamento, mas parece que não é suficiente. Vejo fotos, vejo vídeos e tudo me parece recente, como se tivesse sido ontem que foste. Como se fosse ontem o dia em que foste para o Hospital com uma "Hepatite", nada grave. Como se fossem poucos os dias em que conduzi até Sta. Maria da Feira e te fiz companhia em simples consultas ou olhei para ti enquanto fazias transfusões de sangue e adormecias, tal era o cansaço. Ainda hoje não me consigo perdoar por não me ter despedido de ti, não me consigo perdoar por ter tido parte da tua esperança e ter adiado até sexta-feira a visita ao Hospital. Passo os dias a imaginar como terias ficado feliz se tivesses ouvido a minha voz uma última vez ou pudesses ter sentido o quente da minha mão na tua quando já estavas sedado.Em vez disso só pudeste assistir às minhas lágrimas quando já só cheguei a tempo de te ver na Capela Mortuária. Ainda hoje revivo todos estes momentos quando assisto aos funerais dos entes queridos dos meus amigos. Ainda hoje choro por ti sem ninguém ver. E sempre sentirei um vazio inocupável: faltas tu (tanto!).

sábado, 25 de setembro de 2010


Porque o esforço valeu bem a pena, qualquer coisa da qual me posso orgulhar.

domingo, 19 de setembro de 2010

5 dias. Era este o número que tanto se esperava. Uma partida, um frio na barriga, ansiedade, um abraço (muito) desejado à chegada, duas mãos dadas e dois sorrisos estampados na cara. E começava a derradeira viagem, ou a prova. Olhares trocados, palavras ditas, conversas sem sentido e felicidade. E finalmente chegámos ao primeiro destino. Um cantinho muito especial com duas janelas viradas para o mar e muitas coisas especiais. Matámos saudades e fizémos uma coisa: dedicámo-nos a nós, apenas e só. Almoço trazido especialmente para nós e comido com uma vista para as ondas a bater nos rochedos, conversas sobre passado, presente e futuro e muitas confissões e abertura de espírito. Um pôr-do-sol com as gaivotas a fazer companhia, nuns banquinhos especialmente colocados em cima dos rochedos pelos pescadores. Um jantar num restaurante com um vinho especial (e o único que eu gosto), um passeio de mãos dadas e um banho de espuma. Um despertar especial, um pequeno-almoço super bem servido e um fotógrafo secreto a tirar fotografias à menina dos caracóis sentada na varanda, ao sol, a ler uma revista e virada para o mar. A hora da partida e uma barrigada de marisco, culpa daquele maravilhoso rodízio servido à beira-mar. Mais uma viagem pela costa, o cheirinho a mar, o sol e uma paisagem esplêndida. A chegada ao próximo destino, uma noitada com alcool a mais e uma vinda a dois para casa. Mais um despertar, uma Coca-cola trazida por alguém que se preocupa e o carinho colocado nas receitas postas em prática na cozinha. Refeições onde a televisão é trocada por boa música e a troca de olhares e a conversa são as palavras de ordem. Tudo maravilhoso até à noite em que só abres a porta às 10h da manhã depois de horas à espera. Um despertar, limpar o pó e a casa-de-banho para não me moer. Uma enumeração estúpida, mas com sentido.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010



Depois de uns tanto ou quanto planos alterados, estou feliz na mesma. Estou um bocadinho com a corda ao pescoço até ao dia dezassete, mas a esperança é a última a morrer e ainda tenho cá uma quantidade mínima disso. Entretanto aguardo ansiosa e com bastante trabalho que me distrai o cérebro, pelo menos permite-me estar acordada até às tantas para que de manhã não acorde com o barulho das obras cá em casa. E vou passando os dias, carregados de expectativas, de sol, de cafés, jantares, receitas novas e uma vida ao pé daquelas pessoas que nos fazem bem. Sem dúvida que o meu melhor escape para o tédio, raiva, mau humor e todas essas coisas é a cozinha. Ocupa-me totalmente a cabeça e não há nada em que tente ter tanto brio e que me dê mais orgulho quando alguém diz "Elá, isto tá bom!". E expectativas? Essas não falham. Depois de ver destruída tanta coisa, alguém afirmou "Sei que ainda aí está, mas magoado." e não podia ter tido mais razão. E espero, e vivo, e desespero, e sorrio, e volto a acreditar e a tentar ser a parte de mim que tento sempre esconder. E tenho recompensas disso. E gosto.

sábado, 28 de agosto de 2010

Hora de Almoço

(Há séculos que não lia um texto que me dissesse tanto)

Ele entra no restaurante à hora de almoço e procura-a no meio das mesas todas iguais vistas de relance. Ela levanta o braço a fazer-lhe sinal. Aproxima-se da mesa, tira o casaco, enquanto ela simula um protesto por não a ter localizado sem a sua ajuda. Dá para me reconhecer?, diz a brincar. Ele senta-se. Ali está de novo a rir-se com ela e a pensar como é bom voltar a vê-la. Há quanto tempo não nos víamos?, pergunta, pensativo. Ela faz uma expressão engraçada, um encolher de ombros, ainda há uns dias nos vimos, lembra-o, demasiados, pensa. Demasiados, diz ele. Já não se vêem com a mesma frequência de antes, quando largavam tudo o que estavam a fazer para correrem ao encontro um do outro a qualquer hora do dia. Agora só se encontram a espaços. Já não estão juntos. E no entanto, ele está a ouvi-la, a olhá-la nos olhos, e a pensar um dia vou casar contigo. Ela não pensa isso, ou prefere não pensar porque não quer ter uma desilusão.
Falam das suas vidas, dos problemas profissionais, disto e daquilo, menos do que os traz sempre de volta um ao outro. Não falam disso, mas sabem o que ambos pensam disso. Outrora estavam apaixonados e não havia nada neste mundo capaz de os impedir de se quererem, mas houve um momento em que o amor acabou por ceder às dificuldades que os afastavam. Ele teria feito tudo por ela, mas ela só queria segurança, uma vida sem complicações, e não acreditou que o amor fosse suficiente. A paixão passa, fica a razão, fria e calculista.

O empregado interrompe-os, serve os pratos que ela encomendou enquanto esperava por ele. Há uma pausa na conversa. Ele distrai-se momentaneamente, olhando em redor. O restaurante está cheio. Ao fundo, repara, uma cara conhecida da televisão almoça com a família; duas mesas ao lado, um casal acende um cigarro. O empregado retira-se, voltam a ficar sozinhos. Retomam a conversa, animados por um tema qualquer, enquanto comem com o tempo contado, com a vida pendente do que não dizem.
Saem do restaurante já atrasados para o trabalho, caminham um pouco, lado a lado, até os seus caminhos se separarem. Despedem-se, ele segura-a um segundo pela aba do casaco, como não querendo deixá-la ir. Dizem adeus, até depois. Ele vai a pensar que quer ser feliz com ela. Ela vai a pensar que quer ser feliz o tempo todo. Deixam-se, felizes pela hora que tiveram, mas ainda assim estão a afastar-se pelas razões práticas da vida que persistem em negar-lhes o que um dia os juntou.

Tiago Rebelo
Breves Histórias

sábado, 21 de agosto de 2010



Bom, mais um esticar de um tempo já muito comprido, má notícia, mas ainda assim tolerável. Está a chegar a hora de ir embora outra vez, agora uns belos dias com belas pessoas que me fazem sentir espectacularmente eu, sem olhares a reprimir. Para longe de gente conhecida, do conhecido quotidiano de alguns locais que para mim não servem para férias e perto daqueles que estão sempre connosco, independentemente de tudo o que possa vir. E depois a esperada festa de todos os anos, seguida do fim do prazo de validade. Bastantes distracções e abstracções dos dias (a)normais, que me dão alento, o que me dará ocupação até ao início dos trabalhos.
E no meio disto tudo, aquela vontade (tão grande) de te querer rever uma última vez, de me querer despedir de ti como deve de ser, de sentir um abraço como aquele que me deste quando foste internado pela primeira vez em Sta. Maria da Feira. Chega a primeira festa do Cardeal em que não estás presente, o primeiro encontro de toda a gente da aldeia onde também já não estás e as referências a ti que agora não passam de meras memórias tuas que nos ajudam a manter-te vivo. A mãe não vai estar cá, prefere assim, diz ela. Por um lado compreendo-a, mas marcarei a minha presença pois tenho a certeza que a tua vontade é que estejamos e nos ajudemos uns aos outros a suprimir a falta que se sentirá. Continuo a sentir a tua falta a cada dia que passa, principalmente quando tenho várias coisas que adoraria partilhar e discutir contigo, agora que tinha algo que verdadeiramente poderiamos conversar. Gostava simplesmente de saber a tua opinião em relação a alguns aspectos, se estás orgulhoso, o que é que achas de alguns pontos...Gostava da tua presença, uma coisa tão simples e tão impossível...
E pronto, por aqui me fico e até meados de Setembro, que deve ser quando voltarei a ter tempo...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Acho que hoje foi um dia de azar, claramente. Mas, em contradição, estou inquietantemente feliz. Bateram-me no carro, mas até era o lado que precisava de ser pintado. É quarta-feira e o prazo de validade daquele tempo todo está a acabar, e o resto está ainda para começar. E ainda vai o Verão a meio. Mensagens, telefonemas, palavras, risos, fotos e lembranças..e um grande sorriso estampado na cara, com cada palavra diferente todos os dias e toda a entrega que nunca esperei. E pronto, hora de fazer a mala outra vez e apanhar carradas de vitamina D e aproveitar, muito. Aguardo, muito ansiosa. E já comecei a contagem decrescente que prometi. E apetecem-me mil coisas, mas estou num estado tão estúpido que não consigo dizer nada de jeito. Vou-me limitar a fazer a mala.

"Preciso de estar contigo."

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Depois de uma semana muito bem passada e com muito para contar em Lanzarote, estou de volta aos dias normais, ainda que tivesse bastante vontade de ficar por lá mais uns dias..As férias vão a meio e ainda há muito para passear e viver, e ainda bem. Começo a estabelecer prioridades e esclarecer ideias na minha cabeça, deixando a ilusão de quem não importa e não se importa (comigo, connosco, contigo, bla bla bla...). Depois de balançar um bocado e até ficar desapontada, sem dúvida que hoje e nos últimos dias tive uma grande recompensa, o que caiu tãããããããão bem, capaz de levantar o mau humor que, às vezes, me ataca sem razão aparente. Talvez sejam as saudades, se bem que é coisa que não sei se deveria sentir. Aliás, coisa que fujo de sentir, se calhar porque sou a Marta fria ou outros adjectivos com os quais outro alguém, em tempos remotos, me apelidava numa fraca tentativa de me derrubar. E pronto, mais de metade já lá vai e um fim mais próximo que o esperado pode vir mas, mesmo que não venha, o fim estabelecido virá dentro de pouco tempo, menos do que o que já esperámos. Aí, poder-nos-emos vingar e deixar para trás o resto. Por agora vou queimando os dias a matar saudades e a ter o melhor que a vida traz com aquelas pessoas tão especiais.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Hoje apetece-me sair, ir comprar um livro novo para levar para além-mar e ler de uma ponta a outra. Entrar numa outra história que não a minha (que tem dado pano para mangas nos últimos tempos), emocionar-me com ela e querer chegar ao fim para ver o que acontece, como quando vejo Grey's Anatomy. Um destes dias sentei-me ao sol a pensar em coisas e, por falar em livros, lembrei-me da história do livro "Um amor em tempos de Guerra", que me deu algumas respostas, ainda que não tenha nada a ver com o que se passa na minha história. E ouvi de ti coisas que queria, coisas que tinha dúvidas, olhei e vi que havia qualquer coisa mais e até fiquei com vontade de esperar para ver o que acontece depois disto tudo. E pronto, estou e vou de férias e tenho muito que me ocupe a cabeça, espero que cumpras aquilo que me disseste várias vezes, ainda que usando expressões totalmente diferentes que me deixaram com um sorrisinho nos lábios e um brilhozinho nos olhos, mas já sabes que não confio nada facilmente em ninguém. E porque até gosto de dormir no puff e acordar com a televisão ligada na Foxlife, e ouvir dizer 'Pareces um gato, toda encolhida'. E amanhã é dia 24. Faz precisamente Um ano e 3 meses que nos deixaste, Pai (porque és a única pessoa que nomeio de forma clara nestes textos). Um dia destes, estavam todos de viagem, fui como sempre faço ao Domingo à tarde a casa dos avós. Ia sozinha e decidi parar no cemitério. Assim que passei o portão não consegui evitar que as lágrimas me escorressem dos olhos ao pensar "E pronto, agora se te quero vir visitar sou obrigada a olhar para uma campa de granito que tem a tua foto, o teu nome e o poema de Camões.". E é isto, agora sei que não terei o teu sorriso à espera, não terei os teus abraços e piadolas que tantas vezes mandavas e gozavas e não terei o teu orgulho estampado e gravado na minha memória, pois nem sequer para me criticar cá estás. Restam-me as enormes saudades que me atacam todos os dias e a imensa falta das tuas opiniões, de ti, Pai só há um. Espero que estejas bem.
E apeteceu-me divagar, sou eu..

domingo, 4 de julho de 2010

Depois da amostra de uns dias, começo a achar dois meses tempo demasiado...E depois daquilo vim confusa, com a cabeça à roda e atolada de dúvidas. É Verão, e por isso vai ser como quiser. Sou assim, e às vezes não gosto nada disso. Estou como as crianças de 4 anos que a cada dúvida que surge na cabeça penso 'Porquê?'. E pergunto, pergunto, pergunto e não chego a nenhuma resposta. E é isso. E é isto. E é aquilo. é confusão, portanto.

sábado, 19 de junho de 2010

Esta era a altura que gostava que estivesses cá para ficares orgulhoso das minhas conquistas...E é só isto. Gostava muito...

domingo, 13 de junho de 2010

Depois de uma intoxicação alimentar, e quando eu pensava estar livre de mais uma coisa qualquer, eis que chega a bela da Amigdalite. Ora bem, depois de uns 39,8º de febre, uma injecção, uma drenagem de pus e antibiótico e anti-inflamatórios, já se está qualquer coisinha melhor. Resta um muito pouco tempo para acabar trabalhos, estudar para frequências, acabar relatórios de estágio e afins.
Com isto tudo, resta muito pouco tempo para aquilo que realmente importa. Vem o sol, vem o bom tempo, e muitas outras coisas que não estava à espera que viessem e que não sei até que ponto é bom que venham. Com isto tudo, se calhar até espero continuar sem tempo para pensar e me distrair com coisas que não devo...São coisas da vida. E é isto. Venha o fim do semestre, a praia, o esquecimento, e aquele Verão que é sempre especial naquela terra na ponta da serra plantada.




quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ando com a cabeça a mil. Entre trabalhos, frequências, estágio e Associação de Estudantes, sobra-me muito muito muito pouco tempo (até para respirar!). Amanhã é um dia de quebrar rotinas, visitar o sol, respirar ar puro e esquecer as ocupações lá fora. Hoje foi um dia de descobrir que existe uma coisa chamada Parvovírus vulgo Quinta Doença, que deixa as bochechas dos meninos muito vermelhas e se alastra ao corpo todo. Foi também tempo de ver a Educadora grávida em pânico por causa desse vírus parvo e ficar pela primeira vez responsável por uma sala cheia de meninos. Melhor que isto tudo, foi começar o dia com o pneu do meu carro a rebentar mas ter um senhor super prestável que me mudou o pneu. Foi ter a intoxicação alimentar finalmente resolvida e também pôr realmente em prática esta profissão para a qual estamos a estudar e gostar muito! :) É a vida, demasiado ocupada mas também muito boa. Porque há sempre alguém bom num destes cantos do planeta.

sábado, 29 de maio de 2010




Aprender será, sempre, reconhecer. Reconhecer no sentido de reaprender as pequenas diferenças que nunca se tinham vislumbrado em tudo o que sabemos (tornando cada conhecimento mais simples, mais útil e mais humano). E reconhecer como sinónimo de gratidão para com aqueles que tenham percebido que a tarefa preponderante de um educador não é fornecer conhecimentos mas não deixar que se apague o nosso desejo de aprender. Sempre que, entre duas pessoas, se pressente magia nasce uma escola. Logo que não entendam o invisível fecham-se para a sabedoria.

Eduardo Sá

sábado, 22 de maio de 2010

Hoje sinto-me muito bem e diferente. Deve ser a chegada do bom tempo, dos dias alegres, das flores e dos cheiros no ar.

Um pouco mais conformada com a tua ausência, hoje só agradeço o facto de teres existido na minha vida e me teres tornado quem sou hoje. Suponho que se cá estivesses estarias orgulhoso de tudo o que tenho vindo a conquistar. E é isto..


terça-feira, 18 de maio de 2010

Gosto de pessoas que dizem não se incomodar com assuntos mas depois pedem às pessoas que digam que gostam delas nos posts que elas fazem sobre esses mesmos assuntos. Gosta ainda mais de pessoas que vivem para a aparência e que só querem mostrar qualquer coisa, não se sabe bem o quê.

Agora a sério, o que gosto mesmo muito é dos arrepios pela espinha que tenho sentido ultimamente, quando não tenho frio nem penso em nada nem ninguém. Quero acreditar que é alguém a marcar a sua presença, ainda que não o possa ver..:)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Há um ano, estava uma sexta-feira assim, solarenga, mas que trazia um presságio estranho. Saí de uma frequência com o coração nas mãos, sabia que havia qualquer coisa que ia acontecer e que não me estava a deixar bem. Almocei, festejei os meses de uma coisa que também já não existe, até que o meu telemóvel tocou insistentemente. Era a Joana, era o David, era o meu irmão era a minha mãe. O mundo parou e foste tu a primeira coisa que me surgiu no pensamento...'Ele morreu'. Ainda me lembro de ligar à mãe com o coração aos saltos, ela atender a chorar e dizer 'Anda, foi o teu pai que foi fazer a última viagem'. E pronto. Foste, não me despedi, não te dei umas últimas palavras e tive de me deparar contigo dentro de um caixão, de fato e gravata, inanimado e cheio de lágrimas da avó, do avô, da tia, da mãe...Faz um ano que morreste, e esse continua a ser o dia mais triste da minha vida.

sábado, 17 de abril de 2010

Aquela coisa chamada saudade.


Há cerca de um ano atrás festejávamos mais um aniversário do avô. Mal sabiamos nós que era a tua última semana aqui por perto, em que comeste tudo aquilo que te apetecia, ainda que com algum esforço, e nos deixaste super felizes. Um ano depois, a aproximação desta data traz tudo menos felicidade. Um ano depois, continuo sem palavras e sem o quer que seja a dizer que consiga retratar a falta que tanto nos fazes. Um ano depois, só pedia para voltares...

sábado, 3 de abril de 2010


A Marta está a viver a vida, só isso. A vivê-la antes que qualquer coisa de muito mau venha arruiná-la..A rir-se com as coisas simples que há no dia-a-dia, a manter o telemóvel longe e a esquecer-se dele propositadamente em casa, porque às vezes é tão bom não ter nada dessas coisas que nos solicitam constantemente. A ouvir The Beatles e os grandes clássicos, só porque a 'modernidade' já a chateia. A acordar à hora que lhe apetece (as férias têm disto), a imaginar onde estará esta ou aquela pessoa, ou a pensar o que será feito da vida de quem passou mas não ficou. A falar com as amigas e a trocar experiências (vulgo cusquices) e a combinar coisas descabidas, mas realizáveis. A conduzir e a pensar que não tarda tem os pneus de trás do carro carecas e que não lhe apetece ir trocá-los só porque detesta ir à oficina. A conduzir com o volume do rádio super alto, a cantar e a pensar que se vier uma ambulância a pedir passagem nem ouve a sua sirene. A ser parva como de costume e com a cabeça no ar. Ah! E como não podia deixar de ser..de volta da cozinha a fazer doces ou salgados (ou folhados e bolos..Whatever!). A ser boa observadora e a reparar naqueles pormenores que mais ninguém repara. Um mau feitiozinho aqui ou ali, uma resposta torta ali ou acolá. Ora, está a ser a Marta e nada mais que isso.

sábado, 27 de março de 2010

Já não há..


Tenho saudades de quando te ouvia chamar 'Martuxa' se era para ir almoçar e eu estava no computador, ou de simplesmente ficares contente quando vias que andava de bicicleta, ou cozinhava qualquer coisa boa. E a tua sopa de peixe? Não nos deixaste a receita, agora quem é que vai cozinhá-la de modo a ficar tão boa e saborosa como a tua? Agora já não há ninguém ao Domingo, antes do almoço, sentado aqui no sofá a ler o Expresso como tu fazias sempre. Olha que já nem um carregador sempre ligado na ficha da cozinha, ao lado do fogão, há por aqui. Já não posso reclamar que tu me acordas durante as férias, como fazia quando cá estavas e me acordavas , porque andavas de sapatos no quarto ou simplesmente porque aumentavas o volume do rádio mais do que o que devias. Também não há aqui ninguém que ande com o CD da Cesária Évora no rádio do carro ou que diga 'Até quarta-feira' aos avós, depois do típico jantar de Domingo à noite.
Já não há nada, nem aquela ansiedade de quando regressavas nas épocas festivas e te iamos buscar. Agora tudo se resume a fotografias, vazias...

sexta-feira, 19 de março de 2010

19 de Março


Hoje é dia do pai e, por isso, é só mais um dia sem sentido a riscar do calendário.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Divagar

E é assim, com 20 anos estou a um Semestre (que começa segunda-feira) de ser Licenciada...E ainda no outro dia entrei para a Universidade. Estranho, muitooo estranho. :) Divagações, portanto. Só espero que, quando acabar o meu curso, possa mostrar que vale a pena lutar pelo que gostamos, principalmente àquelas pessoas que adoram (mesmo!) engelhar o nariz quando digo o curso que frequento.



terça-feira, 19 de janeiro de 2010

História


Histórias da minha história.

História com um fim obrigado. História que já não é história. História sem final feliz.

História, fizeste-a tu. Coração, é onde ela ficará para sempre.