sábado, 25 de setembro de 2010


Porque o esforço valeu bem a pena, qualquer coisa da qual me posso orgulhar.

domingo, 19 de setembro de 2010

5 dias. Era este o número que tanto se esperava. Uma partida, um frio na barriga, ansiedade, um abraço (muito) desejado à chegada, duas mãos dadas e dois sorrisos estampados na cara. E começava a derradeira viagem, ou a prova. Olhares trocados, palavras ditas, conversas sem sentido e felicidade. E finalmente chegámos ao primeiro destino. Um cantinho muito especial com duas janelas viradas para o mar e muitas coisas especiais. Matámos saudades e fizémos uma coisa: dedicámo-nos a nós, apenas e só. Almoço trazido especialmente para nós e comido com uma vista para as ondas a bater nos rochedos, conversas sobre passado, presente e futuro e muitas confissões e abertura de espírito. Um pôr-do-sol com as gaivotas a fazer companhia, nuns banquinhos especialmente colocados em cima dos rochedos pelos pescadores. Um jantar num restaurante com um vinho especial (e o único que eu gosto), um passeio de mãos dadas e um banho de espuma. Um despertar especial, um pequeno-almoço super bem servido e um fotógrafo secreto a tirar fotografias à menina dos caracóis sentada na varanda, ao sol, a ler uma revista e virada para o mar. A hora da partida e uma barrigada de marisco, culpa daquele maravilhoso rodízio servido à beira-mar. Mais uma viagem pela costa, o cheirinho a mar, o sol e uma paisagem esplêndida. A chegada ao próximo destino, uma noitada com alcool a mais e uma vinda a dois para casa. Mais um despertar, uma Coca-cola trazida por alguém que se preocupa e o carinho colocado nas receitas postas em prática na cozinha. Refeições onde a televisão é trocada por boa música e a troca de olhares e a conversa são as palavras de ordem. Tudo maravilhoso até à noite em que só abres a porta às 10h da manhã depois de horas à espera. Um despertar, limpar o pó e a casa-de-banho para não me moer. Uma enumeração estúpida, mas com sentido.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010



Depois de uns tanto ou quanto planos alterados, estou feliz na mesma. Estou um bocadinho com a corda ao pescoço até ao dia dezassete, mas a esperança é a última a morrer e ainda tenho cá uma quantidade mínima disso. Entretanto aguardo ansiosa e com bastante trabalho que me distrai o cérebro, pelo menos permite-me estar acordada até às tantas para que de manhã não acorde com o barulho das obras cá em casa. E vou passando os dias, carregados de expectativas, de sol, de cafés, jantares, receitas novas e uma vida ao pé daquelas pessoas que nos fazem bem. Sem dúvida que o meu melhor escape para o tédio, raiva, mau humor e todas essas coisas é a cozinha. Ocupa-me totalmente a cabeça e não há nada em que tente ter tanto brio e que me dê mais orgulho quando alguém diz "Elá, isto tá bom!". E expectativas? Essas não falham. Depois de ver destruída tanta coisa, alguém afirmou "Sei que ainda aí está, mas magoado." e não podia ter tido mais razão. E espero, e vivo, e desespero, e sorrio, e volto a acreditar e a tentar ser a parte de mim que tento sempre esconder. E tenho recompensas disso. E gosto.