segunda-feira, 1 de junho de 2009

Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades

Só as lembranças que doem

Ou fazem sorrir


Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou

meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Mariza

2 comentários:

  1. a chuva com uma fogueira
    e um claor com um amor :)

    (e tratares do outro blog, nao?)

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  2. Não foi o meu pai, mas foi um tio que morreu de repente e deixou tres filhos pequenos... Custa aceitar, mas sei que o tempo cura tudo...

    obrigado*

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