sexta-feira, 23 de abril de 2010

Há um ano, estava uma sexta-feira assim, solarenga, mas que trazia um presságio estranho. Saí de uma frequência com o coração nas mãos, sabia que havia qualquer coisa que ia acontecer e que não me estava a deixar bem. Almocei, festejei os meses de uma coisa que também já não existe, até que o meu telemóvel tocou insistentemente. Era a Joana, era o David, era o meu irmão era a minha mãe. O mundo parou e foste tu a primeira coisa que me surgiu no pensamento...'Ele morreu'. Ainda me lembro de ligar à mãe com o coração aos saltos, ela atender a chorar e dizer 'Anda, foi o teu pai que foi fazer a última viagem'. E pronto. Foste, não me despedi, não te dei umas últimas palavras e tive de me deparar contigo dentro de um caixão, de fato e gravata, inanimado e cheio de lágrimas da avó, do avô, da tia, da mãe...Faz um ano que morreste, e esse continua a ser o dia mais triste da minha vida.

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