sexta-feira, 10 de setembro de 2010



Depois de uns tanto ou quanto planos alterados, estou feliz na mesma. Estou um bocadinho com a corda ao pescoço até ao dia dezassete, mas a esperança é a última a morrer e ainda tenho cá uma quantidade mínima disso. Entretanto aguardo ansiosa e com bastante trabalho que me distrai o cérebro, pelo menos permite-me estar acordada até às tantas para que de manhã não acorde com o barulho das obras cá em casa. E vou passando os dias, carregados de expectativas, de sol, de cafés, jantares, receitas novas e uma vida ao pé daquelas pessoas que nos fazem bem. Sem dúvida que o meu melhor escape para o tédio, raiva, mau humor e todas essas coisas é a cozinha. Ocupa-me totalmente a cabeça e não há nada em que tente ter tanto brio e que me dê mais orgulho quando alguém diz "Elá, isto tá bom!". E expectativas? Essas não falham. Depois de ver destruída tanta coisa, alguém afirmou "Sei que ainda aí está, mas magoado." e não podia ter tido mais razão. E espero, e vivo, e desespero, e sorrio, e volto a acreditar e a tentar ser a parte de mim que tento sempre esconder. E tenho recompensas disso. E gosto.

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