sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ligo o Itunes e calmamente escuto " Don't Forsake Me - Duffy". Tenho um candeeiro de secretária aceso, impressões, dossiers e canetas espalhados à volta do computador. Queria muito o fim-de-semana, se amanhã não fosse um dia de me levantar às 07h00 da manhã, não me chegasse já o lufa-lufa do resto da semana. Estou com tantas interrogações na cabeça que nem sei bem o que escrever. Com um estágio tão preenchido e a exigir tanto só na fase de Observação, surgem aquelas dúvidas de preparação, de capacidade e de medo de não alcançar aquilo que é necessário. Enriquecedor, sem dúvida. Exigente, controlado, trabalhado, estudado, organizado, ainda mais. À parte disto, falta uma semana para as Férias do Natal. Falta uma semana para, pelo segundo ano (e infelizmente o segundo dos muitos e muitos e muitos que terei de ultrapassar) vou acordar à hora de almoço, ter os trabalhos e rotinas a fazer e, inevitavelmente, lembrar-me daquele que foi o teu último ano ao pé de nós. Se o espírito consumista que se associa cada vez mais ao Natal já me irritava, então este 2 últimos anos esse sentimento só se difundiu ainda mais em mim, a velocidades supersónicas. Para que o desejo ínfimo de alguma coisa material que nos faz falta ou que simplesmente temos vaidade em possuir? Não entendo, principalmente porque as últimas prendas que pedia era uma cura/muita saúde para continuares connosco e depois, quando foste obrigado a abandonar-nos com aquela lágrima contada que nunca esqueceremos, foi o teu regresso (impossível). Para mim, e por enquanto, o Natal é só mais uma data que serve para lembrar (ainda mais) o quanto custa a tua ausência e toda a tristeza que ela acarreta, já que ele se reporta à (re)união familiar. Por enquanto guardo o rancor de uma vida injusta para os lutadores e trabalhadores, quando existe por aí tanta gente a sofrer ou a fazer mal que merecia mais esse destino do que tu. Mas a isto chamam vida, e ninguém nos disse que era fácil...

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