domingo, 11 de janeiro de 2009

Coisas simples

Porque procurar constantemente dormir, é a única solução. Se não houver dormir para não existir nada no cérebro, tem de existir qualquer coisa mais que o substitua. O sorriso da Nônô (a afilhada que não chora quando está perto de uma árvore de Natal), o quente do sol de manhã que me dá os bons dias e me bate na cara, o sorriso de quem passa e diz 'Bom dia menina', os Ferrero Rocher da mãe guardados naquele armário ou até mesmo a cara do padeiro que se assusta quando está a pôr o pão na porta e eu a abro.

Coisas simples da vida que o são sempre, ao pé de uma pessoa que usa uma máscara. 24 não será mais que um número banal, 'quantos queres' um jogo de criança e Fonfon o nome de uma música. Isso mesmo, coisas simples da vida que me fazem crer que às vezes podemos ser um bocadinho crianças, longe de preocupações, com uma mãe que nos passa a mão nos caracóis e diz 'Tudo fica, tudo passa. Depende de quem passa e de quem quer ficar.' Belo trocadilho. São as coisas simples da vida guardadas numa caixa de sapatos, forrada de papéis de jornal, chamada 'Caixinha das memórias'. É a Marta, aquela que muito poucos compreendem e muito poucos conhecem e sabem com o que realmente de bom contar.

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