sábado, 21 de agosto de 2010



Bom, mais um esticar de um tempo já muito comprido, má notícia, mas ainda assim tolerável. Está a chegar a hora de ir embora outra vez, agora uns belos dias com belas pessoas que me fazem sentir espectacularmente eu, sem olhares a reprimir. Para longe de gente conhecida, do conhecido quotidiano de alguns locais que para mim não servem para férias e perto daqueles que estão sempre connosco, independentemente de tudo o que possa vir. E depois a esperada festa de todos os anos, seguida do fim do prazo de validade. Bastantes distracções e abstracções dos dias (a)normais, que me dão alento, o que me dará ocupação até ao início dos trabalhos.
E no meio disto tudo, aquela vontade (tão grande) de te querer rever uma última vez, de me querer despedir de ti como deve de ser, de sentir um abraço como aquele que me deste quando foste internado pela primeira vez em Sta. Maria da Feira. Chega a primeira festa do Cardeal em que não estás presente, o primeiro encontro de toda a gente da aldeia onde também já não estás e as referências a ti que agora não passam de meras memórias tuas que nos ajudam a manter-te vivo. A mãe não vai estar cá, prefere assim, diz ela. Por um lado compreendo-a, mas marcarei a minha presença pois tenho a certeza que a tua vontade é que estejamos e nos ajudemos uns aos outros a suprimir a falta que se sentirá. Continuo a sentir a tua falta a cada dia que passa, principalmente quando tenho várias coisas que adoraria partilhar e discutir contigo, agora que tinha algo que verdadeiramente poderiamos conversar. Gostava simplesmente de saber a tua opinião em relação a alguns aspectos, se estás orgulhoso, o que é que achas de alguns pontos...Gostava da tua presença, uma coisa tão simples e tão impossível...
E pronto, por aqui me fico e até meados de Setembro, que deve ser quando voltarei a ter tempo...

Sem comentários:

Enviar um comentário